Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/35605

TítuloInmate adjustment to prison and correctional practices: explaining institutional infractions, health care utilization, and coping strategies
Outro(s) título(s)A adaptação dos reclusos e as práticas prisionais: explicando infrações disciplinares, utilização de serviços clínicos, e estratégias de coping
Autor(es)Gonçalves, Leonel da Cunha
Orientador(es)Gonçalves, Rui Abrunhosa
Martins, Carla
Data22-Set-2014
Resumo(s)Prison populations are growing contrasting with a decline on correctional budgets, which generates challenging conditions for the rehabilitation of inmates and the management of prison facilities. Increasing knowledge on inmate adjustment to prison and correctional practices may be a viable way to improve prisons’ efficiency. Even though literature on prisoners’ adjustment is substantial, the understanding of this topic is fairly limited in Portugal and there are still several gaps that deserve inquiry. For instance, although many correlates of adjustment to prison have been identified, several predictors and outcomes are still understudied, and the results have been inconsistent. Furthermore, young prisoners have received less attention from research, despite being a group of increased risk and needs. Similarly, and despite the atypical nature of the context, knowledge on prisoners’ strategies for coping with prison is scarce. Thus, the aim of this thesis is twofold: (a) to examine predictors of prisoners’ infraction rates and health care use, and (b) to examine prisoners’ coping strategies. More knowledge on risk factors for infractions and health care use in prison is important for a better classification of the inmates. Likewise, learning more about how prisoners’ experience and cope with prison life is important to understand how their ability to adapt can be enhanced. To achieve this goal, different research methods (quantitative and qualitative) and populations (adult, young, and first-timer prisoners) are used, according with the specific objectives of each study. The present thesis comprises five chapters. Chapter I frames the thesis in the context of actual problems regarding prisoners’ adjustment and the management of prison facilities. The concept of adjustment to prison and its theoretical background is introduced, followed by a description of the Portuguese prison context, prior research and limitations, and the societal relevance of the present investigation. This chapter ends with an outline of the thesis. Chapter II presents a meta-analysis of prior research on predictors of prisoners’ adjustment. The study quantifies the effects of different personal and contextual variables on prisoners’ infraction rates and their health care use, also analysing the impact of moderator variables. Data consist of 90 studies from 13 countries that were aggregated in 75 independent samples. Regarding infractions, the results evidenced that, at the personal level, the strongest predictors were prior prison misconduct, aggressiveness, impulsiveness, antisocial traits, institutional risk, and younger age. At the contextual level, higher infraction rates were observed in prisons with more gang activity, and in prisons housing more inmates and a larger proportion of maximum security inmates. Major correlates of health care use were prior mental health problems, older age, and physical symptoms. Moderator effects were observed for prison sample size, sample selection, length of follow-up, geographic location, and type of analysis. Chapter III examines changes in infractions and health care use among 75 young males during their first year in a specialized prison. The effect of various covariates on their adjustment patterns is also examined. The results of multilevel modeling showed that patterns of severe infractions are irregular. Minor infractions increased until the sixth month and decreased thereafter. While health care use for mental health problems remained stable, treatment for physical problems was highest during the first month and then declined. Infractions were associated with fewer visits, being single and non-White, having higher hostility levels and being a property offender. Health care use was related with shorter time in prison, mental problems, Portuguese nationality, older age at first imprisonment, criminal history, and severe infractions. Chapter IV explores what coping strategies first-timer prisoners use to adapt to prison life and the reasons why they use such strategies. In-depth interviews were carried out with a sample of 25 respondents detained in two prison facilities, which were then analyzed using a grounded theory approach. Based on the previous methodology, five generic coping categories related to the process of adaptation emerged: (1) staying out of trouble, which involves adhering (a) the prison system, and (b) the inmate population; (2) managing stress and emotions; (3) keeping safe; (4) passing time; and (5) getting support. Coping strategies serve different purposes and interact with each other in order to reach a balance, though neither uniform nor stable. Finally, Chapter V presents the general discussion of the thesis. The main findings are summarized and discussed in the context of prior research in Portugal and abroad, as well as their implications for theory, research and practice. The chapter ends with a discussion on the limitations of the present research, suggestions for future studies, and a brief conclusion. Despite limitations, this thesis enlarges knowledge on prisoners’ adjustment by answering a variety of unexplored questions with appropriate methods that may help to improve inmate management and successful reentry in the community, especially in our country. The results point out the need for a scientific classification of the inmates as well as programs and policies to enhance their coping skills. The results also indicate that, despite similarities in adjustment to prison across prisoners’ of different ages and countries, classification and treatment methods should be adapted for specific age groups and prison contexts.
A população de reclusos tem vindo a crescer contrastando com a queda no orçamento dos sistemas prisionais, o que gera condições adversas para a reabilitação dos reclusos e a gestão das prisões. Aumentar o conhecimento sobre a adaptação dos reclusos e as práticas prisionais pode ajudar a melhorar a eficiência das prisões. Apesar da literatura sobre a adaptação à prisão ser substancial, a compreensão deste tema é bastante limitada em Portugal e ainda existem várias lacunas que merecem ser investigadas. Por exemplo, apesar de terem sido identificadas muitas variáveis associadas à adaptação dos reclusos, diversos preditores e respostas de adaptação foram menos explorados, e os resultados têm sido inconsistentes. Para além disso, os jovens reclusos têm recebido menos atenção da investigação, apesar de serem um grupo de risco e necessidades acrescidas. À semelhança, e apesar da natureza atípica do contexto, o conhecimento sobre as estratégias dos reclusos para lidar com a prisão é escasso. Esta tese tem dois principais objetivos: (a) examinar preditores das infrações e utilização de serviços clínicos dos reclusos, e (b) examinar as estratégias de coping dos reclusos. Mais conhecimento sobre factores de risco para as infrações e o uso de serviços clínicos é importante para melhorar a classificação dos reclusos. Mais conhecimento sobre como os reclusos experienciam e respondem à prisão é importante para melhorar a sua capacidade de adaptação. Para alcançar estes objetivos, diferentes métodos de investigação e populações foram utilizados, de acordo com as questões específicas de cada estudo. A tese inclui cinco capítulos. O Capítulo I enquadra-a no contexto dos atuais problemas relacionados com a adaptação dos reclusos e a gestão das prisões. O conceito de adaptação à prisão e o seu enquadramento teórico são apresentados, bem como o contexto prisional português, estudos anteriores e limitações, e a relevância social desta investigação. O Capítulo II apresenta uma meta-análise sobre preditores da adaptação dos reclusos. O estudo quantifica o efeito de variáveis pessoais e contextuais nas infrações disciplinares e utilização de serviços clínicos dos reclusos, analisando também o impacto de variáveis moderadoras. A base de dados consiste em 90 estudos provenientes de 13 países, os quais foram agrupados em 75 amostras independentes. Quanto às infrações disciplinares, os preditores de maior efeito, ao nível pessoal, foram infrações disciplinares em penas anteriores, agressividade, impulsividade, traços anti-sociais, o risco institucional e idade mais jovem. Ao nível contextual, taxas mais elevadas de infrações foram observadas em prisões com maior atividade de gangs, com populações mais elevadas de reclusos, e com maior proporção de reclusos em segurança máxima. Os principais preditores da utilização de serviços clínicos foram problemas anteriores de saúde mental, idade mais avançada e sintomas físicos. Efeitos moderadores foram observados em relação ao tamanho da amostra de prisões, seleção da amostra, duração do período de observação, localização geográfica e tipo de análise de dados. O Capítulo III examina mudanças nas infrações e utilização de serviços clínicos em 75 reclusos jovens durante o seu primeiro ano de detenção, bem como preditores deste processo. Os resultados demonstraram que os padrões de infrações graves são irregulares. Infrações simples tendem a aumentar até ao sexto mês. Os acessos aos serviços clínicos para tratamento da saúde mental permaneceram relativamente estáveis. O tratamento para problemas de saúde física foram superiores no primeiro mês, diminuindo significativamente depois. As infrações estavam associadas com menos visitas, ser solteiro e de origem Negra, níveis mais elevados de hostilidade, e crimes contra a propriedade. A utilização de serviços clínicos estava associada com menos tempo na prisão, problemas mentais, nacionalidade portuguesa, idade mais elevada aquando da entrada no sistema prisional, história criminal, e infrações graves. O Capítulo IV explora quais estratégias de coping usam os reclusos primários para se adaptarem à vida na prisão e as razões pelas quais usam essas estratégias. Foram realizadas entrevistas abertas com uma amostra de 25 reclusos detidos em duas prisões, as quais foram depois analisadas usando um método de grounded theory. Emergiram cinco categorias de coping relacionadas com o processo de adaptação dos reclusos: (1) evitar problemas, o que inclui aderir (a) ao sistema prisional e (b) à população reclusa; (2) gerir de stress e emoções; (3) manter-se em segurança; (4) passar o tempo; e (5) obter apoio. Por fim, o Capítulo V apresenta a discussão geral da tese. Os resultados são sumarizados e discutidos no contexto de estudos anteriores em Portugal e no estrangeiro, bem como as suas implicações para a teoria, investigação, e prática. O capítulo termina com uma discussão sobre as limitações da presente tese, sugestões para futuros estudos e uma breve conclusão. Os resultados apontam para a necessidade de uma classificação científica dos reclusos, bem como programas e políticas para melhorar as suas capacidades de adaptação. Os resultados também indicam que, apesar da semelhança na adaptação à prisão em reclusos de idades e países diferentes, os métodos de classificação e tratamento necessitam de ser adaptados para reclusos de faixa etária e contextos prisionais específicos.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Justice Psychology
URIhttps://hdl.handle.net/1822/35605
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIPsi - Teses de Doutoramento

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