Stress and frequency of relapses among patients admitted in a short term detoxification unit: comparative study between alcohol and other drugs use

Abstract

Drug addiction is defined as a disorder characterized by chronic relapsing demand and compulsive drug use. The role of stress in addiction and vulnerability to relapse has been a focus of research during the last decades. However, further comprehensive studies are needed to understand the mechanism by which stress increases relapse. Psychosocial factors and their relationship with the mechanisms of stress during the initiation, maintenance and relapse to drug use are important issues to be addressed. This study aims to evaluate the perceived stress levels as a predictor, or alternatively as a consequence, of unsuccessful treatment and information on issues related to relapse. In this observational cross-sectional study, we assessed the levels of stress (perceived stress and salivary cortisol levels), anxiety and depression scores and their relation with the frequency of relapse comparing patients admitted to a detoxification unit with addiction to alcohol versus other drugs. Data shows that 61,5% of the sample were males and 38.5% females, with mean age of 41,2 years, 44,6% with alcohol dependence and 55,4% abusers of other drugs. The average rate of relapses was 4,51 times, with significant difference found between subjects addicted to alcohol versus other drugs. Significant correlations were found between frequency of relapses and perceived stress, anxiety and depressions scores. We found as predictive variables for stress the anxiety and socioeconomic scores. These results contribute for a better understanding of the mechanisms involved in relapses and pave the way for novel approaches for prevention and treatment of drug addiction particularly by reducing relapse rates.

A toxicodependência é definida como uma doença crônica caracterizada pela procura e o uso compulsivo de drogas. O papel do estresse na dependência e vulnerabilidade à recaída têm sido estudado ao longo das últimas décadas. No entanto, estudos mais abrangentes são necessários para compreender o mecanismo pelo qual o estresse aumenta as recaídas. Os fatores psicossociais e a sua relação com os mecanismos de estresse durante a iniciação, manutenção e recaída ao uso de drogas são também questões relevantes a serem abordadas. O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto dos níveis de estresse percebido como um preditor de recaídas ou, alternativamente, como uma consequência do insucesso no tratamento. Neste estudo observacional transversal, foram avaliados os níveis de estresse (stresse percebido e os níveis de cortisol salivar, ansiedade e depressão) e a sua relação com a frequência de recaída comparando pacientes alcoólicos e usuários de outras drogas consecutivamente internados na unidade de desintoxicação aguda. Os resultados mostram que 61,5% da amostra era masculina e 38.5% feminino, com uma média de idade de 41,2 anos. 44.6% tinham dependencia de álcool e 55.4 % de outras drogas. Foram encontradas correlações significativas entre a freqüência de recaídas e as pontuações do estresse percebido, ansiedade e depressão. Foram ainda identificadas como variáveis preditivas para o stresse a ansiedade, o cortisol e o status socioeconômico. A partir dos resultados deste estudo, esperamos contribuir para uma maior e melhor abordagem para a prevenção e tratamento da toxicodependência, permitindo assim reduzir as taxas de recaída.