CECS - Comunicação e Sociedade - Vol. 12 (2007): Tecnologia e Figurações do Humano
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Comunicação e Sociedade 12: Tecnologia e Figurações do Humano
Director: Moisés de Lemos Martins
Coordenação do volume: Moisés de Lemos Martins e Madalena Oliveira
CECS - Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade
Campo das Letras, Porto, 2007, 247 págs.
ISSN 1645-2089
[Nota introdutória] Toda a época tem um pensamento à sua altura, um pensamento que a diga em verdade. O “rei clandestino” (Simmel) da nossa época é o pensamento do mercado global e o pensamento da técnica. A nossa época resume-se, pois, a duas ideias: o mercado -global, por um lado, e toda a espécie de tecnologias, por outro, sobretudo tecnologias da informação, que suportam o mercado, e biotecnologias, que reconvertem a vida humana num mundo ainda mais “admirável” do que a própria vida (Huxley). As tecnologias da informação, ao mobilizarem a época, aceleraram o tempo histórico e criaram o mercado global (Sloterdijk: 2000). Esta criação significa, todavia, a crise permanente do humano, a qual é alçada a categoria dominante da cultura contemporânea. As tecnologias ligam globalmente os indivíduos em tempo real, criando neles o cérebro de que elas precisam, o de indivíduos empregáveis, competitivos e performantes no mercado, mas desarticulam-nos ao mesmo tempo como cidadãos, impondo-lhes um destino de ora em diante fragmentário, caótico e nomádico. Por sua vez, as biotecnologias, fundindo o orgânico e o inorgânico, autotelizam a técnica e sonham uma nova criação, uma criação de híbridos, que correspondem a uma superação da própria vida humana, uma vida imaginariamente enriquecida e melhorada biotecnologicamente.
Data | Título | Autor(es) | Tipo | Acesso |
---|---|---|---|---|
Dez-2007 | Comunicação e sociedade: tecnologia e figurações do humano [12, 2007] | - | Revista | Acesso aberto |
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