Preschoolers’ compliance to mother and to father : the interplay of parenting, children’s attachment representation and infants’ emotion regulation

Abstract

Objective: This PhD project aims (1) to explore whether preschoolers’ compliance derives from children’s individual characteristics or grows out of the interaction with the mothers and the fathers in a cleanup task, (2) to investigate the mediating role of attachment representation in the relationship between parenting control and children’s compliance in the preschool years, and (3) to explore the longitudinal links between emotion regulation in infancy (10 months old) and compliance (3 years old) to both mothers and fathers. Method: For over three years, 52 families participated in a longitudinal prospective study. Fifty-two infants were observed at home at 10 months of age to assess their style of emotion regulation with each parent in a semi-structured problem solving task, the Shape Sorter Task (Martins, 2007). At 3 years of age, 49 children were again observed with each parent in two independent laboratory sessions during a cleanup task (e.g., Kochanska & Aksan, 1995, 2008), where children’s compliance behaviours and parents‟ control behaviours were coded. Children’s attachment representation was also assessed using the Attachment Story Completion Task (ASCT; Bretherton, Ridgeway, & Cassidy, 1990). Results: At 3 years old, two children’s behavioural profiles in the cleanup task with their mothers and their fathers were identified: a Compliant Profile and a Noncompliant Profile. No significant associations between children’s behavioural profiles with both parents were found. Differences emerged between mothers' and fathers' control behaviours which differentiated the two profiles. Children’s attachment representation predicted children’s compliance with the mother but not with the father. However, attachment representation did not mediate the relationship between mothers‟ positive parenting control and children’s compliance. Thus, mothers‟ and fathers‟ parenting control behaviours play a direct role on children’s compliance in the preschool years. Furthermore, the longitudinal link between early emotion regulation at 10 months and compliance at 3 years to both mothers and fathers was not found. Nevertheless, compliant children to the mother or the father showed a trend towards expressing early adaptive emotion regulation across contexts (with the mother or with the father or with both) than noncompliant children. Finally, an association was found between infants‟ emotion regulation in the task with the mother and the father. Conclusion: This study highlights the construct of compliance as relationship specific rather than an individual characteristic. Additionally, it provides new data regarding the impact of mothers‟ and fathers‟ parenting control, attachment representation and early emotion regulation on the development of children’s compliance in the preschool years.

Objetivo: Este projeto de doutoramento tem como principais objetivos: (1) explorar se a obediência em idade pré-escolar é uma característica individual da criança ou uma característica que emerge na relação específica com a mãe e com o pai numa tarefa de arrumação, (2) investigar o potencial papel mediador da representação da vinculação na relação entre os comportamentos de controlo parental e os comportamentos de obediência da criança em idade pré-escolar, e (3) explorar relações longitudinais entre a regulação emocional na infância (10 meses de idade) e a obediência em idade pré-escolar (3 anos de idade). Método: Foi implementado um estudo prospetivo longitudinal ao longo dos três primeiros anos de vida com 52 crianças, as suas mães e os seus pais. Cinquenta e dois bebés foram observados em casa aos 10 meses de idade para avaliar o seu estilo de regulação emocional com cada um dos progenitores durante uma tarefa semi-estruturada de resolução de problemas, a Shape Sorter Task (Martins, 2007). Aos 3 anos de idade, 49 crianças foram de novo observadas com cada um dos seus progenitores em duas sessões laboratoriais independentes numa tarefa de arrumação (e.g., Kochanska & Aksan, 1995, 2008), na qual os comportamentos de obediência da criança e os comportamentos de controlo parental foram codificados. A representação da vinculação da criança também foi avaliada através da Attachment Story Completion Task (ASCT; Bretherton, Ridgeway, & Cassidy, 1990). Resultados: Aos 3 anos de idade, foram identificados dois perfis de obediência da criança na tarefa com a mãe e com o pai: o Perfil de Obediência e o Perfil de Não Obediência. Os resultados não revelaram associações significativas entre os perfis de obediência da criança na tarefa com a mãe e com o pai, emergindo diferenças entre os comportamentos de controlo parental da mãe e do pai na diferenciação dos dois perfis. A representação da vinculação da criança também surgiu como um preditor significativo do perfil de obediência da criança na tarefa com a mãe mas não com o pai. Contudo, a representação da vinculação da criança não surgiu como um mediador da relação entre os comportamentos maternos de controlo e o perfil de obediência das crianças. Assim, os comportamentos de controlo parental positivo da mãe e do pai desempenham um papel direto no desenvolvimento da obediência em idade pré-escolar. Além disso, não foram encontradas relações longitudinais entre a regulação emocional aos 10 meses de idade e a obediência aos 3 anos de idade. No entanto, as crianças obedientes com a mãe ou com o pai revelaram uma tendência para expressar uma regulação emocional adaptativa precoce em diferentes contextos de interação diádica (com a mãe ou com o pai ou com ambos), comparativamente com as crianças não obedientes. Finalmente, foi encontrada uma associação significativa entre a regulação emocional na infância com a mãe e com o pai. Conclusão: Este estudo sublinha o construto da obediência como tendo uma natureza relacional específica mais do que uma característica individual. Adicionalmente, proporciona novos dados relativos ao impacto dos comportamentos de controlo parental, da representação da vinculação e da regulação emocional precoce no desenvolvimento da obediência das crianças em idade pré-escolar.